É hora de Gritar
Da flor da amargura verteu um sangue mau cheiroso, putrefato, fúnebre. Deu hora de nos separarmos! Daqui pra frente tudo será solidão, uma tristeza profunda, silenciosa como um grito, calma como o desespero, livre como o encarcerado. Eis aí lado negro de toda alegria fugaz. Não há amores eternos, há amores vivíveis.
Enterrada no chão escuro a esperança, o sonho, o sorriso, agora tudo é dor. Almas torturadas sangram tristezas profundas, desejos agonizantes, paixões perdidas, felicidades afogadas na ilusão. É hora de encarar a verdade sobre si mesmo e de olhar na face da despedida com o mesmo entusiasmo de quem acaba de nascer. A placenta se rompeu, é hora de GRITAR.