Para aqueles.

Essa é para aqueles que entendem de tudo, sabem tudo

Apenas esquecem que não sabem de nada, não entendem nada

Somos o produto intermediário de algo ainda não terminado

A perfeição está adiante, a caminho

Por tanto, nossos e os seus erros, são aceitáveis, inevitáveis e estúpidos

Para aqueles que nos veem como meros vagabundos

Os que não tem utilidade, profissão, aproveitamento, os descartáveis

Os sem valor, inúteis, os que não contribuem

Para esses que em sua maioria nem se quer entendem

O porque do “M” vem sempre antes do “P” e “B”, mas obedecem cegamente sua regra

As regras, ditadas e regidas por algo chamado sociedade

Algo cimentado em dogmas pré determinados e sem o menor sentido humano e universal

Para esses lhes digo, somos o que nunca entenderão

Nunca serão capazes de se quer compreender nossa existência

Pois nem se quer admitem essa nossa “existência”

Somos feitos de tudo que desconhecem, apenas compartilhamos o carbono

Somos do início o fim e no fim o recomeço

Somos aqueles que dificultarão suas metas cretinas e desumanas

Sim, aquelas que tem como objetivo anular o que nos torna seres vivos

Temos nas mãos e no coração o que matemática alguma poderá determinar

O que ciência alguma poderá explicar

O que religião alguma poderá queimar na fogueira de sua ira

Temos um poder que não é um poder

É uma visão, um olhar diferente e além dos autos decididos cegos

Somos o que nunca acabará, pois sempre e sempre nascerá

Um após o outro e vamos perpetuar enquanto tudo durar

Até o fim definitivo, até o limiar do novo

Para aqueles entendidos e absurdamente enganados sobre tudo

Sempre estaremos aqui, existindo, fazendo, criando e mostrando

Aos que continuarão a não entender e não aceitar

Para esses eu digo, que pela natureza fomos construídos e fundamentados

Somos artistas, somos vida

Aceitem.

Cláudio Saiere 05/11/2020