LIBERDADE...
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O que tens aí em baixo?
Perguntava um moribundo num sôfrego sussuro.
O silêncio contínuo soava através dos acordes do vento d'uma noite sem lua.
Ajoelhando-se...
O triste, corpo suado chorou...
As lágrimas da pele corriam soltas.
Gritou então:
-- O que tens aí em baixo?
A terra se fechava...
Nenhum som advinha dali.
Voando sem vida com vida...
Num corpo etério, porém pensante...
...Não vou com você pensava...
...Nessa casa de barro não me descansarei.
E o grande oceano das águas, lá esperava o que lhe fora ferramenta d'uma vida trabalhosa e tão sofrida que um dia viveu.
E de camarote, ali assistia; como uma afronta àquela terra que com sua gula esperava mais prato escarnissado do qual aquele não faria parte.
Eis que sente o soprar da brisa na pele mais grosseira...
Agora simples borralhos, em fim, sorvidos pelas ondas do mar.
"Um sol radiante acordava-me os olhos pra vida Maior."
Feliz sobrevoava além das nuvens como um pássaro; sem asas onde as asas da nova Vida o levasse.
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Muito obrigada pela linda interação, mestre poeta Jacó Filho
01/11/2020 09:33
Quando provamos o céu,
A matéria perde sempre.
E a Deus, do doce mel,
Pedimos que nos contemple...
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