Perdido
Ó futuro, o que reservas para mim?
Para onde me levarás e no que me tornarás?
Meus desejos mais íntimos serão satisfeitos?
E meus anseios, serão firmados?
Bem sei eu, não podes revelar a mim.
Meus temores por vezes me cercam
No meu peito, infindável expectativa me consome;
Não sejas duro comigo, suplico
Porém sei: devo viver meu presente, vivendo um dia apenas..
Mas ó qual grandioso seria, se me permitisse uma breve espiada
Dez anos? ó quem me dera!
Dormiria em paz, creio eu.
Mas, sem respostas, meus medos me perturbam.
Na infindável noite, meus demônios me assombram;
O que farei eu?
Enquanto a vida se passa diante de meus olhos, sinto-me cada vez mais perdido
Um barco, sem vela nem mapas, sendo levado.
Nada posso fazer, sei que não..
Escrevo, porém, e minha caneta afugenta as sombras;
E enquanto sou levado sem saber a direção
No papel derramo-me..
Ó futuro, o que reservas para mim?