JULGAR ALHEIO
Olha o meu defeito
O ar fica rarefeito
Quando tua boca fala
Aquilo que tu não vê
Me rasga feito um nada
Me despe em rótulos
Enquanto tua língua
Se veste de fake.
Enfeita o olhar de luz
E no porão
Esconde escuridão
Quem pode esconder
O sol com a peneira?
Falar tantas mentiras
Como se conhecesse
A alma alheia.
Dizes doces fabulas
Sinceras?
Em teu enredo
Me prende
Exibe o irreal
Enrolado no que diz
Se perde no que desconhece.
Bem te faz
Todo esse ego
Se acha perfeito
Ante o meu defeito
Então, se esconde
Atrás da inverdade
Que de mim cria
Na tua falsa realidade.