Amor... sempre

Não sei por que te vejo assim,

de repente uma resposta antiga,

palavra una, orvalho na seca,

presença na melancolia, certeza,

algum esteio num desabrigado coração,

a coberta para uma alma no relento...

E eu te vejo tão nitidamente,

de repente uma saudade antiga,

puro desejo de me tornar poesia,

eu que nem sei escrever sem descrever,

falo do teu sorriso e do teu olhar,

embora nem te olhe ainda...

Se componho um poema há uma forte razão:

tal revolta da alegria contra a melancolia...

De repente esse episódio em minha história,

esse tal amor, senão belo, sentimento descabido,

em proporções que nem mesmo escolhi,

entra e completa o frasco até que o entorna...

Posso ver além desse rosto de moço belo,

contrastes nas linhas despercebidas,

talvez desenhadas na minha textura mal vivida...

De repente tudo de novo, este meu coração malino,

prega-me peças e palpitações meninas!

Nalva
Enviado por Nalva em 25/10/2007
Código do texto: T709833
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