Extinção

Eu queria ser criança novamente... reiterar meus olhos; subtrair a arrogância, dispersar a dissimulação.

Queria também reencontrar olhos que olhavam com paixão e carícia, postergar o amor de verão, conduzir o de inverno.

Queria a política da timidez, e os versos da adolescência. Eram tão lindos.

Queria amar todas, e ficar com uma.

Uma circunstância de poética incompreensível, com ondulações sem problemáticas substanciais. Eu queria o beijo errante, o símbolo do choro, o motivo de engano. E por fim, queria o apelo ingrato de apaixonar-se. Quão difícil é amar o humano hoje! Dói tanto quanto amar.