Escritura e o trem



Não sei moço, Não tenho doutorado mal tenho o abecedário desenhado.
Desenho meu nome falando  nas pedras.
Desenho algumas flores como sinal da minha alegria e felicidade,
Desenho a lama com sapos na ilusão quando vai o paraíso desenhado por folhas balancantes dos coqueiros,
Vou desenhando a cadeira na areia e bela me sento a curtir ondas de saudades, 
Desenho  o sol quando acordo e me lembro do meu amor,
Desenho as tempestades e ventos fortes quando o céu se fecha na magia e na tristeza.
Desenho seu moço,
Ainda não terminei o primário dos sentimentos,
Escrevi na escritura sagrada da vida imposta à minha vida, 
Desenho a capa do nascimento,  as filhas há de serem escritas na língua universal da poesia,
Dedico a Você meu amor, que distante está e eu aqui desenho meu desejo profundo no trem que vai nos trilhos das vidas que compõem meus versos...Lembranças ficam  em alguma estação do coração, 
Na próxima vou descer e la encontro você...
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 17/10/2020
Reeditado em 17/10/2020
Código do texto: T7089428
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