Peixe-ave à flor

Deixei-me ir na correnteza

Mergulhei ao fundo do rio

Um peixe que desistiu de nadar

E às águas deixou-se levar

Mas eu crio asas

Que já nem sei se são imaginárias

E me ponho a voar

Cruzando o céu estrelado

E indo ao horizonte para buscar

Uma nova alvorada para ver o dia clarear

Clareando a vida

É a minha missão

Já não sou mais pássaro

Sou um mero espectador da existência

Este rio desaguou

Este céu clareou

Água e céu

Juntos num poema

Testemunhando o desabrochar de uma flor...

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 16/10/2020
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