Amanhecido
Copo de café
Amanhecido um novo, como todos; velhos dias!
Adormeci, bebi meio 'copo' de café requentado, e apaguei!
Acho que acordei na noite, várias e várias..., centenas de vezes!
Ele, o copo, ali ao chão lado da cama,
Respingado, requentado e agora frio.
De manhã, sem forças, sem vontades e sem emprego!
Distendi meu braço curto, procurei por sua asa...
Que asa? ...não era uma xícara... Não tinha asa.
Afinal, ele é, só um copo!
O peguei, segurei-o em tremores e assim, gelado bebi!
Coberta caindo, soltei braços, corpo, um pingo de nada, de vontade
Me desliguei do resto de realidade, voltei a dormir!
O meu 'tijolão', o meu relógio de cordas, marca "meio dia e um
Diz ser esta a hora, e daí?
Diz que já de tarde, mas para mim nada me fará acordar!
Acho, que dar cordas nele, seja o meu único e diário compromisso!
Nem sei porque isso! Não sei. De fato não sei...!
Atualmente, essa e todas as horas de todos os dias, são madrugadas;
Pois não tenho nada a fazer, como têm todas as pessoas normais!
...os atarefados, compromissados e sortudos, empregados!
...18 horas, principia cronologicamente à noite para qualquer um;
...qualquer um, pra mim, sempre os mesmos dias, tediosos e jogados fora!
Que se fundem em horas, num tempo insonso e sem fim!
"Eis que de repente, a TV misteriosamente se liga sozinha"
(acho mesmo é que ela nunca se desliga, isso sim!)
Acordo atônito, ou melhor, já estou acordado nem sei pra quê!
Nem sei de fato se durmo ou morro, todos os dias, naquela letargia doentia.
-Me chama a atenção uma reportagem na rede de televisão local...
Que diz exatamente o que eu precisava ouvir naquele meu momento.
E dizia, o seguinte:
-Um senhor de nome José, olha só, também me chamo José, todos os dias acorda, arruma seus apetrechos e os coloca em seu carro/adaptado.
“Detalhe, o tal ‘tocaio’ meu, tem suas duas pernas totalmente atrofiadas”!
Entre seus apetrechos estão sua barraca e sua cadeira de rodas!
Tudo isso ele ajeita minunciosamente e com todo o seu carinho,
Pois estes são os responsáveis por seu ganha pão, dele e de sua família.
Ele, o Bom José, sai todos os dias antes do galo acordar e chamar, para trabalhar como feirante...
.Assiste e ouve...
.Acusa o golpe
.Assimila a lição
e
Nessa hora José, o "perfeito dorminhoco",
-Levanta-se de seu jazigo acobertado;
-Faz sua imunda barba;
-Toma um bom banho frio;
-Ppega seu copo de café congelado despeja-o na pia;
-Apronta-se com uma roupa decente;
-Faz um café novinho e sai...
...sai para procurar um emprego qualquer. .
..sai para vida!
...sai para viver, enfim e a tempo!!
...
Copo de café
Amanhecido um novo, como todos; velhos dias!
Adormeci, bebi meio 'copo' de café requentado, e apaguei!
Acho que acordei na noite, várias e várias..., centenas de vezes!
Ele, o copo, ali ao chão lado da cama,
Respingado, requentado e agora frio.
De manhã, sem forças, sem vontades e sem emprego!
Distendi meu braço curto, procurei por sua asa...
Que asa? ...não era uma xícara... Não tinha asa.
Afinal, ele é, só um copo!
O peguei, segurei-o em tremores e assim, gelado bebi!
Coberta caindo, soltei braços, corpo, um pingo de nada, de vontade
Me desliguei do resto de realidade, voltei a dormir!
O meu 'tijolão', o meu relógio de cordas, marca "meio dia e um
Diz ser esta a hora, e daí?
Diz que já de tarde, mas para mim nada me fará acordar!
Acho, que dar cordas nele, seja o meu único e diário compromisso!
Nem sei porque isso! Não sei. De fato não sei...!
Atualmente, essa e todas as horas de todos os dias, são madrugadas;
Pois não tenho nada a fazer, como têm todas as pessoas normais!
...os atarefados, compromissados e sortudos, empregados!
...18 horas, principia cronologicamente à noite para qualquer um;
...qualquer um, pra mim, sempre os mesmos dias, tediosos e jogados fora!
Que se fundem em horas, num tempo insonso e sem fim!
"Eis que de repente, a TV misteriosamente se liga sozinha"
(acho mesmo é que ela nunca se desliga, isso sim!)
Acordo atônito, ou melhor, já estou acordado nem sei pra quê!
Nem sei de fato se durmo ou morro, todos os dias, naquela letargia doentia.
-Me chama a atenção uma reportagem na rede de televisão local...
Que diz exatamente o que eu precisava ouvir naquele meu momento.
E dizia, o seguinte:
-Um senhor de nome José, olha só, também me chamo José, todos os dias acorda, arruma seus apetrechos e os coloca em seu carro/adaptado.
“Detalhe, o tal ‘tocaio’ meu, tem suas duas pernas totalmente atrofiadas”!
Entre seus apetrechos estão sua barraca e sua cadeira de rodas!
Tudo isso ele ajeita minunciosamente e com todo o seu carinho,
Pois estes são os responsáveis por seu ganha pão, dele e de sua família.
Ele, o Bom José, sai todos os dias antes do galo acordar e chamar, para trabalhar como feirante...
.Assiste e ouve...
.Acusa o golpe
.Assimila a lição
e
Nessa hora José, o "perfeito dorminhoco",
-Levanta-se de seu jazigo acobertado;
-Faz sua imunda barba;
-Toma um bom banho frio;
-Ppega seu copo de café congelado despeja-o na pia;
-Apronta-se com uma roupa decente;
-Faz um café novinho e sai...
...sai para procurar um emprego qualquer. .
..sai para vida!
...sai para viver, enfim e a tempo!!
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