O fanático
O fanático não tem individualidade.
Ele vê o mundo pela lente do coletivo.
Não tendo individualidade ele não admite que outros possam ter.
E quem não pertence ao seu coletivo, faz parte de um coletivo ideologicamente oposto.
Ele não tem ideal próprio.
Seu pseudoidealismo está representado pela figura de seu ídolo, que geralmente é quem dita a conduta do coletivo ao qual pertence.
Ele é do mundo mas não está no mundo.
Se ele eventualmente não sair dessa dimensão, será no final da vida como a pedra que, lançada com força, apenas raspou a superfície da água indo parar do outro lado do rio.
Lá permanecerá solitária, sendo esquecida pelas gerações futuras.