A FUGA DO EU
Ele está inquieto, não sabe ao certo o que deseja,
E carrega consigo uma indefinida insatisfação,
Não sabe o que procura, nem o que almeja,
Persiste intranquilidade no seu coração.
Ele procura preencher o tempo para sua distração,
Pensamentos não dão trégua, são de amargar,
Por toda parte, o acompanha a inquietação,
Quer achar com quem possa conversar.
Mas está tão confuso que nem sabe o que ele quer,
E tem receio que achem que está ficando louco,
Pois, não é somente um problema qualquer,
Nem ele sabe do que se trata tampouco.
Vai arrastando sua vida em meio à grande confusão,
Pode ser até que saiba o que realmente procura,
Ele mantém o segredo íntimo por uma razão,
Tem todo receio que achem uma loucura.
Para disfarçar continua correndo atrás de futilidades,
Mas o Eu não é flexível e não perdoa indiferença,
E cobra, pelo descaso às suas necessidades,
Ele exige a sua atenção e energia intensa.
Para recuperar sua paz, e também sua tranquilidade,
Precisa encontrar o que o espírito está desejando,
De nada adianta se esconder dessa realidade,
Com toda obstinação continuar procurando.
Bela Virgem Imaculada Sophia, que se deve procurar,
É com ela que está a chave do cofre da sabedoria,
O companheiro Espírito Santo, vem comunicar,
Então todos os tormentos se tornam alegria.