Minha alma de poeta...
 
Percorrer os vales dos sonhos e
tropeçar em pedras ocultas
 e ferir-se em abrolhos traiçoeiros...
Acumular montanhas de desejos e
mergulhar em oceanos de frustrações...
Esboçar mil traços na tela da existência
e não concluir nenhuma pintura...
Olhar para o infinito onde cintilam as estrelas
e sentir-se encarcerada no negrume...
 Flutuar no vácuo das ilusões e
 aterrissar no rochedo da realidade...
Assim vaga minha alma de poeta desvairada,
calejada pela vida que me cabe...



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