SILENCIOSA

Eu que já fui tão prosa.

Ando tão silenciosa.

Ando refletindo.

Ando sentindo.

O viver com mais intensidade.

Ando pela cidade.

A olhar.

As vidraças estão límpidas.

Não as dos prédios.

As da minha alma.

Ando vendo tudo que não via.

Ando silenciosa a pensar.

Eu que andava cantarolando.

Ando silenciando.

E no silêncio tenho notado faces neutras no meu caminho a passar.

Tanta gente em nosso coração consegue entrar.

Pena que tantos acabamos por retirar.

Por que as pessoas vivem a nos decepcionar?

Estamos tão longe da perfeição.

Deus consegue com a humanidade tão desigual lidar.

E no seu imenso coração a todos consegue guardar.

É muito árdua a tarefa de perdoar.

Mas precisamos neste caminho andar.

Só assim a paz pode nos chegar.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 24/10/2007
Reeditado em 25/03/2011
Código do texto: T707605
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