ANTIGOS MENINOS QUE IAM...
E as relvas aparavam orvalho,
E meninos acordavam cedo para, no frio,
Percorrerem, desbravarem neblinas,
Aquecidos por casacos surrados, munidos de
Figurinhas de álbum para troca e bafo.
De meu batiscafo suponho estofo.
Estufas me sustentam, planadores
Arquitetam arquétipos arcados.
Não sou terra mas amar engolfo.
Dotado de frio, suores, flores
De minh' alma o ser amado.
E as relvas passivamente atinavam
Os rumos dos meninos que iam à escola.
Todas lições recebidas na quietude
De meninos pobres que iam ali aprender
Algo que talvez de nada lhes valesse.
Meu submarino amarelo se cantava.
Cantoria de decantações no recanto do armário,
No qual pedia ao tempo não passasse e a lava
Do vulcão Cronos talvez ardesse no aquário
Do menino-peixe abandonado por sereias,
Mas repleto de poemas em cada das veias...