O tempo passou
Passando pelo lado esquerdo da rua, não parecia saber
para onde estava indo, aparentemente cambaleava,
quando o alcançaram _ Posso ajudar você?
_ Boa tarde.
Ele respondeu.
_ Não precisa, obrigada, devagar vou encontrar
a casa onde há muitos anos morei.
_ Qual o nome da rua, senhor?
Ele olhou bem nos olhos daquela senhora e respondeu
_ Não está me conhecendo? Sou o porto seguro que a sua
juventude tanto buscou, o meu rosto está assim
queimado pelo sol, o que vê diante de seus olhos
é o tempo, sim, eu sou o tempo. Então o que me diz,
o que hoje sou para você?
Onde conseguiu chegar lhe deixou satisfeita, senão ainda
lhe dou tempo para mudar.
Percebo em seu olhar que está hesitante quando
o assunto sou eu.
_ Ela foi tomada de surpresa, e não conseguiu
responder, o que o tempo significava para ela.
Quando ela se refez, ia responder, talvez tenha pensado
demais, o tempo não espera,
já havia ido embora. Ficou parada pensando que
não havia mais tempo para amar.
O tempo já havia cumprido o seu papel, nada havia
para esperar. Todos os degraus da vida,
já havia acontecido...
O outono renovação, no inverno orvalho da ilusão.
No verão, que seu brilho nunca se apague. Primavera,
que seja flores enfeitando os caminhos dos amantes.
Olhar que pousou no nada, e nada mais ver ou espera,
coração compassado, só algumas lembranças, pois
do papel do tempo, não fugimos, ele impera.
Liduina do Nascimento
para onde estava indo, aparentemente cambaleava,
quando o alcançaram _ Posso ajudar você?
_ Boa tarde.
Ele respondeu.
_ Não precisa, obrigada, devagar vou encontrar
a casa onde há muitos anos morei.
_ Qual o nome da rua, senhor?
Ele olhou bem nos olhos daquela senhora e respondeu
_ Não está me conhecendo? Sou o porto seguro que a sua
juventude tanto buscou, o meu rosto está assim
queimado pelo sol, o que vê diante de seus olhos
é o tempo, sim, eu sou o tempo. Então o que me diz,
o que hoje sou para você?
Onde conseguiu chegar lhe deixou satisfeita, senão ainda
lhe dou tempo para mudar.
Percebo em seu olhar que está hesitante quando
o assunto sou eu.
_ Ela foi tomada de surpresa, e não conseguiu
responder, o que o tempo significava para ela.
Quando ela se refez, ia responder, talvez tenha pensado
demais, o tempo não espera,
já havia ido embora. Ficou parada pensando que
não havia mais tempo para amar.
O tempo já havia cumprido o seu papel, nada havia
para esperar. Todos os degraus da vida,
já havia acontecido...
O outono renovação, no inverno orvalho da ilusão.
No verão, que seu brilho nunca se apague. Primavera,
que seja flores enfeitando os caminhos dos amantes.
Olhar que pousou no nada, e nada mais ver ou espera,
coração compassado, só algumas lembranças, pois
do papel do tempo, não fugimos, ele impera.
Liduina do Nascimento