Antes eu não queria envelhecer...
Antes de adoecer eu pedia a Deus para não me deixar envelhecer, pois tinha medo das limitações que a velhice traz, inclusive escrevi vários textos sobre esse assunto, os quais ficarão guardados no meu site de escritora. E quando eu escrevia, não sabia que minha vida estava prestes a me mostrar o lado sombrio da morte. E continuei dialogando com meu tempo vida... Eu não tinha medo da morte e achava que já tinha vivido muito. Saliento que sofria de depressão, e sendo assim, é natural o pensamento de morte... Mas eu encarava tudo como um fato que em breve me levaria para outra dimensão. E me sentia feliz e contente com a vida já vivida, pois morrer para mim era evitar um longo sofrimento. E assim vivia me preparando para ir morar no céu... Mas tudo mudaria para sempre minha forma de pensar. E foi me vendo já afagada pela morte que meu pensar deu uma reviravolta e vi como eu ainda preciso viver. Como as pessoas precisam de mim, principalmente meus netos, porque para eles sou uma âncora, da qual precisam para crescerem com a vida embalada por momentos ternos e eternos.
Hoje eu quero viver e já não me importo com as limitações advindas com a velhice, pois penso que meus familiares cuidarão de mim. E por certo, se Deus permitir que eu viva alguns anos, vou ser imensamente grata e feliz, porque a vida é uma dádiva de Deus e só envelhece quem Deus permite. Não adianta se planejar para morrer porque o nosso tempo é cuidado e vigiado pela vontade soberana do nosso eterno pai...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 27.09.2020
Antes de adoecer eu pedia a Deus para não me deixar envelhecer, pois tinha medo das limitações que a velhice traz, inclusive escrevi vários textos sobre esse assunto, os quais ficarão guardados no meu site de escritora. E quando eu escrevia, não sabia que minha vida estava prestes a me mostrar o lado sombrio da morte. E continuei dialogando com meu tempo vida... Eu não tinha medo da morte e achava que já tinha vivido muito. Saliento que sofria de depressão, e sendo assim, é natural o pensamento de morte... Mas eu encarava tudo como um fato que em breve me levaria para outra dimensão. E me sentia feliz e contente com a vida já vivida, pois morrer para mim era evitar um longo sofrimento. E assim vivia me preparando para ir morar no céu... Mas tudo mudaria para sempre minha forma de pensar. E foi me vendo já afagada pela morte que meu pensar deu uma reviravolta e vi como eu ainda preciso viver. Como as pessoas precisam de mim, principalmente meus netos, porque para eles sou uma âncora, da qual precisam para crescerem com a vida embalada por momentos ternos e eternos.
Hoje eu quero viver e já não me importo com as limitações advindas com a velhice, pois penso que meus familiares cuidarão de mim. E por certo, se Deus permitir que eu viva alguns anos, vou ser imensamente grata e feliz, porque a vida é uma dádiva de Deus e só envelhece quem Deus permite. Não adianta se planejar para morrer porque o nosso tempo é cuidado e vigiado pela vontade soberana do nosso eterno pai...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 27.09.2020