A gente não se conhece...
Há um tempo atrás eu tinha depressão e viver para mim era uma eterna dor... minha alma doia muito e meu mundo era preto e branco, mesmo estando eu vivendo cercada pela graça de Deus. Nessa condição vivi vários anos e somente pela misericórdia divina sobrevivi, isso a custa de um tratamento rigoroso e com muita medicação. Mesmo assim, me sentia uma pessoa triste e o meu site www.fatimaalves.prosaeverso.net é testemunha disso, pois lá relatei toda a minha tristeza, com o propósito de ajudar à aqueles(as) que padecem desse mal, que por sinal é muito grave... haja vista, que ele nos afasta de tudo que amamos e nos deixa num mar de solidão. Comigo a depressão foi grave e passei dois anos afastada do meu trabalho por atestado médico. Durante esse período me isolei de tudo e apenas a poesia esteve junto a mim o tempo todo e com esta eu pude continuar voando, graças a Deus. Durante todo o decorrer desse longo viver que não se vive...meus textos registrados nos mostram o quanto uma pessoa nessa condição, sofre e não é compreendida. No meu sofrer, foram dois anos sem colegas, sem amigos, sem família e esquecida do meio social, quando antes eu era uma diretora eleita pelo voto da maioria, atuante em projetos sociais e plenamente realizada em todos os sentidos... E o que me levou a ficar com depressão? Não tenho dúvidas de que foi a inveja sofrida e sentida no coração da minha alma. Pois o meu sucesso incomodava pessoas do meu trabalho, principalmente o fato de ser poetisa, um dom que Deus me deu, mas que foi muito invejado por colegas. A custa de muito esforço, remédio e oração saí desse quadro e voltei a trabalhar, mas meu mundo já não era mais o mesmo, porque a felicidade sentida antes, agora deu lugar a uma indiferença frente qualquer coisa e o meu espírito lutador e vencedor morreu. Eu vivi sem sentir e sem chorar, parecendo estar adormecida para as coisas do mundo... Mas mesmo estando assim, a poesia não me abandonou e eu escrevi e publiquei livros, obras que me retratam por dentro e deixam o meu eu voar no infinito, mostrando ao mundo que a poesia é coisa de alma e que só Deus pode de fato nos compreender. E a alegria voltou em meio às lágrimas! É quase impossível de compreender... Mas em meio a essa turbulência fui diagnosticada com câncer em metástase e meu organismo em vez de chorar, sorriu... Acabou de vez os resquícios da depressão! A vontade de morrer antes sentida, deu lugar a uma exagerada vontade de viver, e viver reconhecendo a felicidade antes não percebida. Hoje eu vivo intensamente cada respirar que a vida me proporciona e sinto que nada perdi, mas vendo a morte à toda hora, reconheço quão bela é a vida. Hoje em vez de pedir para morrer, eu imploro ao nosso pai eterno que me permita ficar um pouco mais, porque ainda preciso acompanhar a infância dos meus netos e também escrever e publicar muitos livros. É esse o meu desejo! *** Maria de Fátima Alves de Carvalho Poetisa da Caatinga Natal, 24.09.2020
Há um tempo atrás eu tinha depressão e viver para mim era uma eterna dor... minha alma doia muito e meu mundo era preto e branco, mesmo estando eu vivendo cercada pela graça de Deus. Nessa condição vivi vários anos e somente pela misericórdia divina sobrevivi, isso a custa de um tratamento rigoroso e com muita medicação. Mesmo assim, me sentia uma pessoa triste e o meu site www.fatimaalves.prosaeverso.net é testemunha disso, pois lá relatei toda a minha tristeza, com o propósito de ajudar à aqueles(as) que padecem desse mal, que por sinal é muito grave... haja vista, que ele nos afasta de tudo que amamos e nos deixa num mar de solidão. Comigo a depressão foi grave e passei dois anos afastada do meu trabalho por atestado médico. Durante esse período me isolei de tudo e apenas a poesia esteve junto a mim o tempo todo e com esta eu pude continuar voando, graças a Deus. Durante todo o decorrer desse longo viver que não se vive...meus textos registrados nos mostram o quanto uma pessoa nessa condição, sofre e não é compreendida. No meu sofrer, foram dois anos sem colegas, sem amigos, sem família e esquecida do meio social, quando antes eu era uma diretora eleita pelo voto da maioria, atuante em projetos sociais e plenamente realizada em todos os sentidos... E o que me levou a ficar com depressão? Não tenho dúvidas de que foi a inveja sofrida e sentida no coração da minha alma. Pois o meu sucesso incomodava pessoas do meu trabalho, principalmente o fato de ser poetisa, um dom que Deus me deu, mas que foi muito invejado por colegas. A custa de muito esforço, remédio e oração saí desse quadro e voltei a trabalhar, mas meu mundo já não era mais o mesmo, porque a felicidade sentida antes, agora deu lugar a uma indiferença frente qualquer coisa e o meu espírito lutador e vencedor morreu. Eu vivi sem sentir e sem chorar, parecendo estar adormecida para as coisas do mundo... Mas mesmo estando assim, a poesia não me abandonou e eu escrevi e publiquei livros, obras que me retratam por dentro e deixam o meu eu voar no infinito, mostrando ao mundo que a poesia é coisa de alma e que só Deus pode de fato nos compreender. E a alegria voltou em meio às lágrimas! É quase impossível de compreender... Mas em meio a essa turbulência fui diagnosticada com câncer em metástase e meu organismo em vez de chorar, sorriu... Acabou de vez os resquícios da depressão! A vontade de morrer antes sentida, deu lugar a uma exagerada vontade de viver, e viver reconhecendo a felicidade antes não percebida. Hoje eu vivo intensamente cada respirar que a vida me proporciona e sinto que nada perdi, mas vendo a morte à toda hora, reconheço quão bela é a vida. Hoje em vez de pedir para morrer, eu imploro ao nosso pai eterno que me permita ficar um pouco mais, porque ainda preciso acompanhar a infância dos meus netos e também escrever e publicar muitos livros. É esse o meu desejo! *** Maria de Fátima Alves de Carvalho Poetisa da Caatinga Natal, 24.09.2020