A morte e seus mistérios
A morte...
Uma condição tão misteriosa.
A única certeza que temos da vida é ela...
Que chega sem rodeios –
Às vezes, de surpresa –
Sem nós avisar.
Vai chegando de mansinho –
Em nosso corpo faz morada...
Tecendo o seu ninho.
Por mais o que temos a realizar,
Torna-se implacável deixando as coisas pela metade...
Ainda mais quando se é um poeta.
Aquele que deixa sempre a alma aberta para as sensações...
Do dia e da noite a reverberar –
Que se deixa entregue -
A mercê!
O corpo a deriva –
No embalo das ondas.
Uma sensação de vida –
Ou quase morte.
O tempo...
Este mesmo velho tempo –
É apenas um detalhe.
A idade...
A essência de um poeta,
Não se mede pela biológica.
O seu espírito existe há centenas de anos.
Talvez seja incapaz de mensurarmos,
A vida é uma dádiva.
Mas a morte pode ser um alívio –
Não que somos capazes de dar um fim naquilo que nos aflige.
Porém, está quando se fazer será um presente.
Ela é o sinônimo da passagem –
O fim de uma etapa.
A fim de nos prepararmos para um novo ciclo, mesmo havendo o véu do esquecimento.
Façamos que valha a pena cada aprendizado...
No mérito de sermos sempre melhores a cada dia como seres humanos que somos.
A morte não é o fim...
É apenas uma continuação.
Pois a nossa energia...
O mesmo desejo se perpetuará...
Quem sabe em um novo perispírito.