Busca sem fim
Às vezes me pergunto se meu coração quer que eu me perca novamente. Mas, ele não é o cavaleiro e eu o cavalo.
Sou uma amazona aprendiz. Meu cavalo, às vezes, fica desgovernado.
O coração a mim pertence, não sou pertencente dele. Já fui e o dilacerei. Hoje ele está se renovando como nunca. Algumas mágoas ainda estão lá dentro, mas cuido para que elas não o tomem e nada sobre dele.
Ele não fará de mim rabugenta e fria, mas farei dele amoroso e carinhoso.
Ainda não sei como fazer isso, mas sei o que eu e meu coração não querem.
Minhas feridas ainda sangram, então não está sendo possível fazer isso. AINDA. Elas não me definem, mas me perguntam:
O que você quer ser: Amor, dor ou rancor? O amor sempre é a resposta.
E pensar que muitos sequer imaginam o que seja isso.
Há quem pense que amor e dor andam juntos.
Há quem pense que amor e posse andam juntos.
Há quem pense que o amor te leva a cometer crimes e todo tipo de loucura.
Há quem pense que ele te enfraquece e te vulnerabiliza.
Quantas visões distorcidas introjetei. Não só eu, como o mundo.
Cognitivamente é fácil entender que nada disso é amor, mas o curioso e contraditório disso é que nosso próprio coração que não foi capaz de tamanha compreensão. Até quando? O meu momento para sentir isso ainda não chegou, assim como de milhares de pessoas. Há quem já tenha sido capaz de sentir isso tudo. Mal sabem o quanto são afortunados por isso.
Essa é a riqueza que eu quero pra mim, a única que vale a pena.