Onde estão as tuas asas que eu desenhava?
O cais distante está coberto de cinzas e poeira. Onde estão tuas asas que eu desenhava? Onde estão as tuas canções na rebelião murmurante dos rios? Onde estamos juntos? Onde está nossa corrida sem fim? Deixe-me ver as curvas no escuro por um momento. Mostre-me um inventado mundo delicado e sensível. O vazio apaga a procissão do drama onde a nudez abriu todas as tuas cicatrizes. Lembro do sorriso que aqueceu o dia nublado. Que frio! Quão trêmulo! Vista-me o teu coração leve. Por que essa pedra está puxando e puxando tanto para o fundo? Onde está a chama que a primavera traz? Onde está a tua fé que atravessa com toda a sua força? Jogue-me os flashes de vivacidade pela manhã. Eu sou tua tribo de ilusões, sonhos irrealizáveis. Dê-me o tempo que corre com o assobio dos ventos. Vou te deixar abraçar e respirar o céu por um tempo. Onde eu não estive, a estrada começa novamente.