Almas  em  festa




Do olhar que vai ao céu, volta ao chão, vai do dia à noite,
sem sossegar em sua solidão... Os pensamentos são
trechos das nossas vidas repartidas que se transportam,
das nuvens para um abismo, lembranças que nos carregam
para onde não queremos estar.
Não foi culpa do amor,
ele sempre faz tudo o que precisa fazer. A esperança ou a
falta dela, não muda a realidade, resta-nos a canção que
não cantamos por não saber. O sonho que varre a tristeza
da nossa mente, faz invadir de irrealizáveis desejos inocentes.

Caminhando sem olhar o passado, imitando as plantas que
se sustentam ao sol, quando tudo é seco, e sobrevivem.
Somos feito os pássaros, que nasceram para cantar, somos
borboletas, nascemos para os jardins enfeitar, sem cansar,
busquemos o sentido da vida que é amar só por amar.
Tantas frases em vão, tantos versos loucos, ou tristes.

É que a alma luta, quer se libertar, mas não consegue,
as noites sem estrelas lhe persegue. Descanse oh alma,
um dia quem sabe, vá enfim, encontrar aquele amor que
aprendeu a amar. E que não seja só um sonho do qual
logo venha à despertar... Q
ue os seus braços à brisa
da felicidade dessas almas em festa, dancem à luz da lua,
e aquiete o alvoroço do coração, sossegue as asas da aflição
dos trechos dum amor da pura imaginação. Resta-me;

Juntar uma porção de tardes e transformar em noites,
outra porção de lembranças felizes e resumir em um conto
ou em prosa, num excesso de sentimento que mexe com
o amor inquieto que voa nas asas  do beija-flor.
Esse será
todo seu destino,
ser um amor inventado  feito os
fantasmas  que vivem na mente fértil de um menino.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 20/09/2020
Código do texto: T7068124
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