Gosto da sensação de amar, só por amar e de não saber ao certo esse tempo todo se ainda é amor, mas sentir em meu peito esse calor que vem de sua lembrança que me aquece. Das coisas que a memória guardou a alma não esquece. Eu penso, sonho sempre sem nada esperar ao acordar, gosto mesmo é de pensar, voar mundo à fora mesmo sem você, imaginando como seria se nós, fossemos de fato nós, e me pergunto se nas coisas que você vê por agora, o que ainda sente quando fica quieto e silencioso. Gosto de imaginar você mais observando do que falando, de saber que você está igual, vai estar sem lá estar, porquê você é profundo, sei que por coisas tocante ou banais, chora... Não pode ter mudado. Gosto de sentir que esse seu jeito natural de certa forma ainda me pertence, fui eu quem descobriu algumas coisas em você, assim como a sua solidão e tristeza natural de poeta, que tanto mimo eu fazia, e a paciência sua eu enchia, e eu descobri também esse louco amor por você. Tenho a sensação e ilusão, de que nas noites de lua cheia onde quer que você esteja ainda pensa em mim e na minha lua cheia por trás da plantação seca, pode ser que pense, não sei. Enquanto também eu nem sei se sou o mar ou sou a areia, e tentando fugir de ser quem eu sou entrego-me à realidade, aceitando ser só essa tonta que fala bobagens sobre o amor, carregando a certeza de que você é o único ser nesse mundo para quem a minha alma se entregaria, há muito, entregue, bem, eu acho que é amor.
 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 18/09/2020
Reeditado em 18/09/2020
Código do texto: T7065928
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