Ciclo

No início, doía ter que lidar com as partidas. Esquecer tudo que eu sabia de alguém e recomeçar mais uma vez. As mesmas perguntas se repetiam: “o que vc gosta de fazer?”. Embora cansado, disfarçava para mim mesmo: “dessa vez será diferente”.

Mesmo lutando, a repetição vencia. Machucado no fim pelo que eu queria começar. Uma parte de mim morria, enquanto outra tentava se levantar. Tentava me consertar. Abraçava a esperança, batia o pó e seguia em frente.

Quem eu escolhi? A mudança. Mudar a música de fundo, o lado do caminho, o livro de cabeceira, ou simplesmente, o jeito de olhar. Sair do drama, assistir comédia e rir do que até então me fez chorar.

Partidas? Ainda aconteceram, mas onde há amor próprio, não existe vazio no lugar.