Com o remédio divino da poesia, podemos curar todos os nossos males, principalmente o mal maior do desamor!
A CURA,
Pelos olhos de um poeta...
Eis aqui o desespero
De uma mãe transtornada
Que vê seu filho olhando pro alto
...pro horizonte, pro nada
Passando horas desse jeito
Parecendo estar em transe
Que nem percebeu direito
A hora adiantada!
E isso, já fazem longos anos
Numa agonia sem fim
Ela, sem saber o que fazer
Desesperada, mesmo assim
Apesar dessa dor sem nome
Não faz perceber ao filho
Embora a agonia que lhe consome,
Encontra um alento, enfim!
Vai ter as pressas, com um doutor
No hospital da cidade
Pensa ser uma doença
Um mal horrível, algo grave
Mas será tranquilizada
Mudando até sua aparência
Mãe, pode ficar calma,
Não é nenhuma enfermidade!
Mas doutor tô preocupada
Deu pra falar sozinho na rua
Dizendo ser irmão do sol
...das estrelas e da lua
O que é que o senhor acha?
Isso é normal, fale a verdade?
Mãe, compreendo toda preocupação
Mas verá que é, só cisma sua!
Vou fazer alguns exames
Quero que tire, estas rugas da testa
...adianto não ter nada de errado
E já pode fazer festa
Seu filho é uma benção
Vou acabar com seu sofrimento
Preste muita atenção
Seu filho é apenas um “vate”
E por certo, lá um dia
Ele será um grande ‘POETA’.
A Poesia não é uma doença, mas com certeza será, de todos os males...
A CURA
A CURA