CORAÇÃO MALDITO.

Então foste tu, coração maldito, és tu quem de contínuo feres a minha alma, afligindo-a com angústias intermináveis. Foste tu, coração maldito, que me trai e enganava o tempo todo com essa tolice de querer amar.

Então foste mesmo tu, perverso coração, roubastes a alegria dos meus lábios, és tu quem provocas as lágrimas que escorrem em minha face de melancolia.

Estou cansada de sofrer,

De gritar já não aguento mais,

O mundo desabou sobre meus pés,

Não suporto mais a dor que me corrói por dentro é por fora o tempo todo.

O que eu mais desejo neste momento, coração pérfido, é apenas chorar, derramar todas as lágrimas até que o mundo se afogar nelas. Quero que o meu ser se acabe em tristeza profunda, quero apenas caminhar nesta estrada escura até não ser mais vista.

Traiçoeiro sentimento que me desnuda.

Cárcere de minha alma.

Crave em meu seio o destino cruel, as lâminas de todas as espadas craven para sempre em meu peito, vida desventurada, os seus dardos mais venenosos foram a mim destinados.

Hoje quero apenas solidão,

Embriagar-me com o cálice da dor,

E gritar até perder a voz,

No silêncio vermelho de meus lábios.

Não compreendo este mundo complexo, com todas essas pessoas confusas e distantes, não compreendido, ou, sou eu que me distancio delas. Não compreendo este mundo que existe dentro de mim, eu o criei, e confesso que não entendo sei funcionamento, não quero mais viver nele.

Que essas sejam as minhas últimas palavras poéticas,

Que olhos nenhum jamais leia outro verso meu,

Esta poetisa hoje morre para o mundo,

E quem sabe talvez, ela nasça para si mesma.

Tiago Macedo Pena e LU BATILIERE.
Enviado por Tiago Macedo Pena em 31/08/2020
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