O ABRAÇO

O abraço mata?

Acredito que sim, o abraço de um recém-nascido seja prematuro ou daquele bebê que passou da hora de nascer, mata a saudade do abraço materno logo nos primeiros minutos que veio ao mundo para acalmar seu choro.

O abraço mata?

Ah se mata, o abraço dos amantes, namorados e cônjuges, mata toda vontade de amar.

O abraço mata?

Mata o medo de uma criança quando vai dar os primeiros passos, e antes mesmo de cair ao chão, ganha o abraço dos pais em segurança, confortando seu medo.

O abraço mata?

Mata o medo da criança em seu primeiro dia de aula do medo do desconhecido, e a angústia dos pais que também teme e abraça a criança desejando força, vai em frente, não se preocupe, pois estarei aqui te esperando louco para te abraçar novamente.

O abraço mata?

Sim, mata de saudade do tempo que se foi, quando vemos que num piscar de olhos o tempo passou e o filho cresceu e já no ensino fundamental em seu primeiro dia de aula, em uma nova etapa parece que é ele que retribui o abraço dizendo; calma pai, calma mãe, logo estarei em casa, não se preocupe.

O abraço mata?

Mas claro que sim, mata aquela saudade no peito quando aquele parente querido chega de viagem, aquele abraço de rodoviária e entre os corpos a bagagem.

O abraço mata?

Mata sim a angústia de um pai ou de uma mãe, de um filho quando ficou longe por muito tempo, seja qual for o motivo, que se casou e foi morar longe; que foi estudar fora; que foi em busca de seus objetivos e ao retornar para casa trocam aquele abraço apertado e duradouro, querendo naquele momento compensar todos os anos que se foram e não voltam mais.

O abraço mata?

O abraço daquele pet que te espera no fim da tarde quase anoitecendo, quando retornamos do trabalho ou quando chegamos de um passeio, ele está ali te esperando e vem todo eufórico te abraçar com rabinho balançando cheio de saudade.

O abraço mata?

Mata quando lembramos daquelas pessoas queridas e amadas, sejam amigos ou da família que passaram em nossas Vidas e hoje só nos resta fechar os olhos e abraçá-las em pensamento recordando do tempo bom que passaram juntas.

O abraço mata?

Aquele abraço de gratidão, tipo coração com coração que aprendi na sessão de Coach, que ficará na minha memória para Vida toda, pois foi lá que aprendi que a gratidão é a memória do coração.

O abraço mata?

Mata sim, mata quando ficamos sem abraçar novamente quem amamos com medo de matar, mas a dor maior do não abraçar é angustiante, essa sim mata!

Finalizo aqui essa reflexão em pequenos versos, que foram feitos com muita emoção e gratidão. Peço para você leitor, coloque sua mão direita atrás do seu ombro esquerdo e sua mão esquerda atrás do seu ombro direito e aperte muito… eis aqui um abraço que sei que não mata.

Gilberto Borges
Enviado por Gilberto Borges em 28/08/2020
Reeditado em 15/02/2022
Código do texto: T7048148
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