Caminho e flores
Mar, diante dele me confesso, e silencío,
com olhos incansáveis acompanho o movimento trêmulo
de sua grandeza, e sempre devolvo às marés
aquilo que quero que ela leve para longe,
mágoas, sensações de dor, desamor e pensamentos ruins.
A frieza da areia faz cócegas embaixo dos meus pés,
saio sem olhar para trás, esqueço o desabafo,
percorro de volta para casa, os caminhos de solidão,
iludida sou, perdida sempre estou.
Sem entusiasmo faço contos de amor, colho as flores
que você um dia, em poesia para a minha alma, semeou.