Angelina Dublê
Eu casava com você, criava raiz na epiderme do seu estranho fôlego de se mostrar. Eu beberia com você, fumaria seus dedos nos lugares em que seu gosto fosse doce ou amargo. Eu andaria na vontade de nem sei, no forro que sua pele adoraria adoçar o ambiente mais chato do seu corpo de sobriedade. Eu beberia cada célula, colheria cada flor, cada cílio, cada marca de caminho no decorrer do lábio inferior... cada corpo dos corpos de liso tecido e pouca ferrugem. Brilharia em seus dentes de personagem, e quem sabe, sabendo, beberia do seu rosto; alcançando o inferior que desce do umbigo a pélvis. Seria céu da boca e geometria completa. Cada riso, cada espasmo, cada líquido.