Como é sua nuca?
Pare de falar o que sou!
Achas mesmo, que após tanto tempo, já não ouvi o bastante.
Inove.
Encontre suas falhas, me diga como tu és.
Me descreva sua nuca.
Difícil? Porque não está diante dos seus olhos?
Mas como pode carregar algo a tanto tempo e não lhe ser íntima?
Simples. Sempre julgamos o que vemos,
cada qual através de um furo num painel.
Felizes, os que foram com o aprendizado, rasgando o furo,
ampliando assim sua capacidade de perceber.
Não me digas que o fogo é quente, queime-se, e me mostre sua chaga.
Não seja um espectador de vidas, interaja,
torne-se cúmplice de algo,
saia de trás do anonimato,
dê a cara a tapa.
Vai se sentir melhor, mais real.
A cumplicidade vai machucar sim,
mas mostrará com orgulho no futuro,
todas suas cicatrizes.