REMINISCÊNCIAS ( ou será... O Livro da Vida?)
Acordar em meio à noite,
nem sempre é ruim.
Às vezes, no corre corre do dia,
mal temos tempo para reflexões.
E elas são necessárias.
E como!
Noite passada, como em tantas outras,
acordei de um sonho. Um sonho que persiste.
Estou numa casa, sempre a mesma casa,
em ruínas...
Em meio aos destroços, portas e janelas carcomidas,
vidros quebrados, brinquedos de crianças
espalhados em meio à sujeira.
Acordo assustada. Agradeço ter despertado.
Aos poucos vou me dando conta
ter sido apenas um sonho (nem digo pesadelo,
porque a casa tem traços de beleza impar!)
e eu tentando recuperar, arrumar, limpando.
Mas aí desperto!
O dia está longe de amanhecer,
mas a hora é tardia no entanto.
E aí vêm os pensamentos, com seu leque
de opções e escolhas...
Começo, imaginando aquela casa
totalmente recuperada, eu residindo nela.
Que lugar ocuparia?
Seria a dona, uma serviçal, uma filha?
Nunca saberei!...
Como a resposta não vem,
passo a pensar no hoje, minha própria vida...
Já estou indo, porque passei dos setenta.
Começam a desfilar então pela memória,
cenas, episódios, pessoas, datas, épocas
e me dou conta que, num balanço geral,
pouco me resta a fazer:
tive um infância privilegiada, quando a infância
ainda era época de sonhos, contos de fadas,
hoje não mais...
Cresci, paquerei, namorei, casei,
tive filhos, enviuvei, hoje avó!
Imaginando se sentiria falta deste mundo?
Nem sei!
Pensando na fase crítica político, econômico,
da educação, ausência de valores morais,
hoje refletida nos ocupantes
dos maiores cargos
e suas consequências drásticas
para nós brasileiros, penso que não!
Mas aí me lembro da natureza tão linda,
o mar, o céu com suas milhões de estrelas,
o nascer do sol a cada dia,
o espetáculo de vê-lo se pondo além
no infinito das montanhas...
A lua magnífica, as nuvens outonais,
vou sentir sim, e muito!
E as flores do meu jardim?
Quem cuidará delas?
Quem as fotografará bobamente
como eu? Simples e singelas!
Mas como as amo! São meu tudo
junto com meus 6 gatos...
Minha cachorrinha Babi, perdi-a
faz 15 dias, numa cirurgia necessária...
Seu coraçãozinho de 13 anos
não resistiu...
Sinto lágrimas nos olhos,
ainda dói muito, sinto falta dela!
Num segundo tudo acaba,
a vida é assim.
E eu, certamente, como disse, já estou
voltando do caminho.
Talvez não tenha feito tudo, ou,
se tivesse agido diferente,
a rota teria sido outra.
Não amealhei fortuna, mas que importa?
Penso que consegui escrever um livro,
sem páginas em branco, lacunas
ou espaços a preencher...
Vivi exatamente com a simplicidade
das flores que amo. Nada levarei
mas, a cada manhã, agradeço a Deus
por mais um dia,
sol fulgurante a nascer!
Acordar em meio à noite,
nem sempre é ruim.
Às vezes, no corre corre do dia,
mal temos tempo para reflexões.
E elas são necessárias.
E como!
Noite passada, como em tantas outras,
acordei de um sonho. Um sonho que persiste.
Estou numa casa, sempre a mesma casa,
em ruínas...
Em meio aos destroços, portas e janelas carcomidas,
vidros quebrados, brinquedos de crianças
espalhados em meio à sujeira.
Acordo assustada. Agradeço ter despertado.
Aos poucos vou me dando conta
ter sido apenas um sonho (nem digo pesadelo,
porque a casa tem traços de beleza impar!)
e eu tentando recuperar, arrumar, limpando.
Mas aí desperto!
O dia está longe de amanhecer,
mas a hora é tardia no entanto.
E aí vêm os pensamentos, com seu leque
de opções e escolhas...
Começo, imaginando aquela casa
totalmente recuperada, eu residindo nela.
Que lugar ocuparia?
Seria a dona, uma serviçal, uma filha?
Nunca saberei!...
Como a resposta não vem,
passo a pensar no hoje, minha própria vida...
Já estou indo, porque passei dos setenta.
Começam a desfilar então pela memória,
cenas, episódios, pessoas, datas, épocas
e me dou conta que, num balanço geral,
pouco me resta a fazer:
tive um infância privilegiada, quando a infância
ainda era época de sonhos, contos de fadas,
hoje não mais...
Cresci, paquerei, namorei, casei,
tive filhos, enviuvei, hoje avó!
Imaginando se sentiria falta deste mundo?
Nem sei!
Pensando na fase crítica político, econômico,
da educação, ausência de valores morais,
hoje refletida nos ocupantes
dos maiores cargos
e suas consequências drásticas
para nós brasileiros, penso que não!
Mas aí me lembro da natureza tão linda,
o mar, o céu com suas milhões de estrelas,
o nascer do sol a cada dia,
o espetáculo de vê-lo se pondo além
no infinito das montanhas...
A lua magnífica, as nuvens outonais,
vou sentir sim, e muito!
E as flores do meu jardim?
Quem cuidará delas?
Quem as fotografará bobamente
como eu? Simples e singelas!
Mas como as amo! São meu tudo
junto com meus 6 gatos...
Minha cachorrinha Babi, perdi-a
faz 15 dias, numa cirurgia necessária...
Seu coraçãozinho de 13 anos
não resistiu...
Sinto lágrimas nos olhos,
ainda dói muito, sinto falta dela!
Num segundo tudo acaba,
a vida é assim.
E eu, certamente, como disse, já estou
voltando do caminho.
Talvez não tenha feito tudo, ou,
se tivesse agido diferente,
a rota teria sido outra.
Não amealhei fortuna, mas que importa?
Penso que consegui escrever um livro,
sem páginas em branco, lacunas
ou espaços a preencher...
Vivi exatamente com a simplicidade
das flores que amo. Nada levarei
mas, a cada manhã, agradeço a Deus
por mais um dia,
sol fulgurante a nascer!