Ela é assim.  Faz poesia, pinta e borda.
No cantinho do papel 
desenha flechinha acertando o
coração.

Chora, esperneia, diz
que ama, coisa e tal.
Mas a poesia sempre acaba curtinha sem nexo
e a mocinha sempre chorando.

Ela é sempre assim.
Faz poeminhas curtos.
Amor ela tem demais.
A poesia poderia ser gigantesca.
Mas ela não quer.
Quando alguém pergunta:
"Pra quem é a poesia? Vira as costas, finge que não ouve e vai.
E assim é. Entre escrita, palavra e choro
vai poetando o amor.

Mas quando a poesia acaba, acaba sempre no choro.  E no cantinho do papel, delicadamente
desenhadas, asinhas de borboletas levando o amor embora.
ysabella
ysabella
Enviado por ysabella em 13/08/2020
Código do texto: T7034425
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