Dois caminhos: pra onde?
Fosse um, seria fácil.
Fosse um, não teria dúvida.
Fosse um, não existiria arrependimento.
Mas eram dois. E eram esquina. E o vento soprava aqui mas não ali, e o sol fazia sombra ali mas não aqui. E havia aquilo de certo ou errado, de bom ou mau, de verdade ou mentira. Tudo aquilo de falar ou ouvir.
Fosse um, seria aceitação.
Fosse um, seria mártir.
Mas eram dois. E eram esquina. E o destino se fazia em metades: a que se leva e a que se deixa.
Fosse um, seria só seguir.
Fosse um, a reta seria cega.
Mas eram dois. E eram esquina. E havia a escolha: para onde?