Desencontro
Busco incessantemente encontrá-la...
Não encontro!
Talvez ela esteja na palha imóvel que nem perto chego.
Ou nas estrelas com suas distâncias incomensuráveis. A segunda alternativa consegue me prender.
De tanto refletir, levando minha mente para longe de mim, deixo de olhar para tão perto. Tão perto que com os olhos fechados posso ver seus graciosos movimentos.
Eu que que estou sempre me movimentando: correndo para longe. Ela vem ao meu encontro, mas eu, andando de costas, pois o passado me deleita, me desvio da tragetoria empreendida por ela ao meu encontro. Ainda andando de costas consigo vê-la passando por mim. E, como um meteorito que se desintegra ao entrar na atmosfera terrestre, contemplo seu brilho cada vez mais distante.
E assim, fascinado com o que deixei passar, não consigo notar a próxima chance que se aproxima.