VERSO CANTADO E ESCRITO
Insoluto pensamento que me atormenta
Refaço meu verso no grito do quero-quero
Reponta no fundo da coxilha o canto esmero;
Onde galopeiam rimas que o amor não afugenta.
A quincha aveludada de rimas e estrofes
Perpassava e a cada linha me atraia para
Delinear o tranco garboso deste escrito manhoso
A salutar no infinito tempo que contempla o canto.
Versos socado a pilão, no pulsar das velhas mãos
Predicado curtido a couro cru,defumado no angico,
Em tuas sublimes e soberanas notas eu dito e suplico
Mesmo que decantado no sal, teu verso é nobre e rico.
Verso trançado nos tentos da historia contam sua glória.
Infinita linha que conta e descreve, aquilo que se viveu
Conta-se como tudo se iniciou, e detalhes como aprendeu
Cada palavra que menciono vem forjada a ferro e fogo.
Traz o braseiro vivo pronunciado aqui nesta epopeia
Traz o barro socado e pisado pela boiada na invernada
Traz os campos brancos numa manhã fria de geada
Traz a fome desgarrada, a paz sonhada e almejada.
Verso que resmunga ao som de meus passos
Que reclama com o tilintar das esporas
Que se expande a cada planchasso do facão
Que se emancipa na tempestade e no trovão.
Versos horas doces, hora salgado, tem tinido complicado
Tens em linhas um singular sagrado, e não se faz de rogado
Descreve do santo ao pecado, descreve o que sente e vê
Temperadas linhas que tão pouco se compreende,
Porem tudo se entende
Deste verso matuto
Descrito a modo xucro
Espero por absoluto.
Que ao ler o que
Aqui deixei a ti
Escrito, você
pode até nem
achar bonito.
Porem deixei
Este documento
em Verso
ESCRITO.