Ao meu pai
Pedro Florêncio do Nascimento
O que eu carrego de lembranças boas do meu pai, é a alegria que alimenta minha certeza de que a vida valeu a pena, meu pai era um homem de sorriso largo, com a sua alegria contagiante, desarmava qualquer discórdia, ele era apaziguador, era um amigo fiel, guardava meus segredos, me dizia para eu ter coragem, e nos momentos mais difíceis, ouvindo os seus conselhos, perdia o meu medo, ele era pai, amigo, era um avô muito querido e acolhedor, defeitos tinha, mas as suas qualidades superavam as suas falhas que por falta de um amplo conhecimento, algumas vezes não acertou. Sinto falta dele todos os dias, e para aliviar a saudade dele, muitas vezes com ele, eu sonho, acordo feliz, por saber que um dia as nossas conversas e parceria, já foram realidade... Saudade, saudade que não acaba mais, quanto mais o tempo passa, mais nos aproxima, e sei que para ele eu sempre fui a sua menina, a Aureni, que com tanto gosto ele chamava, meu pai era um companheiro das horas duras, mas também de farra, era festeiro, boêmio, ouvir as suas canções preferidas, hoje é o que dele mais me aproxima, sou muito feliz de um dia, por uma vida, ter com ele convivido. Ele tinha pouco estudo, mas na ponta do lápis em seus cálculos, sabia mais do que certos engenheiros, Mestre Pedro, era pedreiro, meu pai amado, meu guerreiro. Era humilde, amigável, simples, mas nunca baixou a sua cabeça diante das injustiças, dele só tenho orgulho, amava cada filho com carinho especial, o amor que eu sinto por ele está vivo como se o tempo não houvesse passado, é como se ainda ele estivesse ao meu lado, distribuindo o seu sorriso lindo, que tanto bem me fazia, sinto uma imensa saudade, tristeza com uma mistura de alegria, foi através dele que aprendi a amar a natureza. Em minha homenagem, pelo dia dos pais, a você papai, deixo aqui o meu amor, incondicional.
Liduina do Nascimento