Rosas
Pude ver as estrelas mais uma vez.
Brilhavam no céu escuro como um beijo que não foi dado - apenas um sopro que morre.
Quis ouví-las como antes...não pude;
quis tocá-las com os dedos...mas a distância tornou-se maior...
maior que a força de antes,
maior que os beijos,
os olhares apaixonados e ébrios dos sonhos ocultos.
Pude ver, mas não queria ver que no escuro tudo mudou
e as luzes são mais intensas e o amor não é mais amor.
As rosas são como estrelas que se apagam lentamente sem que vejamos sua luz se esvair no tempo.
O que sentia já não sei.
Não sei se sinto ou me ausento.
Tudo adormece sem resposta, tudo anoitece em minha alma.
O amor se perdeu na distância
e a solidão é um alivio insensato.
Quisera eu o silêncio total ao som infinito do querer reprimido;
quisera o frio intenso da solidão à chama infernal da ilusão rediviva;
quisera a inércia imediata ao tremor delirante da lembrança;
quisera...
(só uma vez mais quisera)
o que se quer sem poder, o que se tem sem saber, o que se sabe não ter...a certeza de que nada findou.
(Parauapebas/PA - 04/07/95, 9h)
Pude ver as estrelas mais uma vez.
Brilhavam no céu escuro como um beijo que não foi dado - apenas um sopro que morre.
Quis ouví-las como antes...não pude;
quis tocá-las com os dedos...mas a distância tornou-se maior...
maior que a força de antes,
maior que os beijos,
os olhares apaixonados e ébrios dos sonhos ocultos.
Pude ver, mas não queria ver que no escuro tudo mudou
e as luzes são mais intensas e o amor não é mais amor.
As rosas são como estrelas que se apagam lentamente sem que vejamos sua luz se esvair no tempo.
O que sentia já não sei.
Não sei se sinto ou me ausento.
Tudo adormece sem resposta, tudo anoitece em minha alma.
O amor se perdeu na distância
e a solidão é um alivio insensato.
Quisera eu o silêncio total ao som infinito do querer reprimido;
quisera o frio intenso da solidão à chama infernal da ilusão rediviva;
quisera a inércia imediata ao tremor delirante da lembrança;
quisera...
(só uma vez mais quisera)
o que se quer sem poder, o que se tem sem saber, o que se sabe não ter...a certeza de que nada findou.
(Parauapebas/PA - 04/07/95, 9h)