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Na ânsia pelo amanhã, sucumbo aos fantasmas do passado.

Carrego nas costas marcadas o peso de minha dor latejante. No rosto, os olhos pintados de vermelho — um vermelho escarlate — deixam escorrer as flácidas e desbotadas gotas que percorrem e golpeiam cada partícula do meu ser. E do meu não-ser.

De tudo que eu podia ter sido e não fui,

de tudo que eu podia ter amado e não amei.

Nas horas tardes celebro a infindável incompletude do meu ser.

Sou o que sou e o que não fui.

Eduarda Paiva
Enviado por Eduarda Paiva em 08/08/2020
Código do texto: T7029548
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