PARODIA DO VIVER
Parodia do viver-ano 2000
Se não conquistei status, o destino assim não quis,
Foi um marido sabido, que se achou dono de mim
Um homem justo e correto, de filosofias e valores mil
Mas sem permitir que eu usasse, o que tanto fiz por mim
E ai vem os desencontros, ele autoridade e eu o servir
Que ate na minha especialidade era ele a se sobressair
No prover a família nunca nada deixava a desejar
E dos meus talentos, so como serviçal eu podia atuar
O problema era a sua ingenuidade ,que deixava a desejar
Nunca acreditando ,que o mal alheio possa lhe alcançar
Quanto mais lhe atacavam mais tinha perdão a dar
E eu com meu senso de justiça, tinha que me calar
Um certo dia me levou ao cartório pra assinar ,
A venda de um meu terreno a um malandro do enganar
E eu, no papel de boba, surpresa la fui parar
Tendo que assinar uma venda pois era o marido a negociar
Tapeou-o o tal sujeito um inquilino a se desonrar
Pois tanto documento falso se pôs ao tabelião mostrar
Foi um tempo tão penoso sem poder atrás voltar
O pagamento. não vinha e as dividas a não perdoar
Nesse mal tão abundante eu nem podia criticar
Pois ele de coração cirurgiado, eu tinha que cuidar
Assim tantas coisas corriam e eu só no teatro a atuar
Pois filha de militar, disciplina aprende respeitar
E assim eu fui vivendo, e do meu ideal me esquecendo
Como sombra apagada no tempo, em nada a me projetar
O que fiz da minha vida, ainda não deu pra avaliar
Fui caindo e me aprumando, pra no jogo me encaixar
Hoje passado o tempo, diferença já não faz
O tanto fez como faz não faz parte do meu idealizar
E ouso em estado de graça, me sentir agora estar
Autora INAHA ano2000