EFEITOS DA POESIA
Tal as pinceladas, marcas do pintor,
Como digitais, identificando o autor,
As “sombras” da poesia,
“Cobrindo” o poeta,
Onde na rima certa, emociona.
Sejam nas métricas perfeitas
Ou nas rimas eleitas
A te conquistar.
A poesia “baila” no teu “céu”,
Como os astros iluminam
Teu rosto, desprovido de véu.
Então, o poeta finge que chora,
Pra te fazer chorar
E com as suas próprias lágrimas
Lava o teu rosto
Devolvendo-te o gosto
De um sorriso
Com poemas precisos
E magistrais,
Que num momento
De confusões astrais
Logo te traz
Um riso de luz e de paz
Nos traços da poesia.
E a “loucura” do pensador
Que de loucura nada tem,
Apenas atém-se
A fazer-te sonhar.
Ênio Azevedo