Blues da primavera
Com que se pinta uma paisagem?
Dois tons de ternura e cinza
pra pôr no chapéu,
um colarinho de luz do céu
a beira-rio longe, acolá.
A sirene da ambulância,
A-há! A-há! A-há! A-há! A-há!...
Daqui, cada vez mais perto.
Desperta comove,
mas deixa passar...
É sempre do outro
o chega pra lá.
É tarde!
Em meio ao verde-chumbo,
um tom de escárnio
na cidade ao Sul.
Floridinho, o ipê,
sonha Primaveras azuis.
Com que se pinta uma paisagem?
Dois tons de ternura e cinza
pra pôr no chapéu,
um colarinho de luz do céu
a beira-rio longe, acolá.
A sirene da ambulância,
A-há! A-há! A-há! A-há! A-há!...
Daqui, cada vez mais perto.
Desperta comove,
mas deixa passar...
É sempre do outro
o chega pra lá.
É tarde!
Em meio ao verde-chumbo,
um tom de escárnio
na cidade ao Sul.
Floridinho, o ipê,
sonha Primaveras azuis.