Lápis e papel
Ultimamente, Drummond não me sai da cabeça.
Tudo por causa da tal pedra no meio do caminho, que o poeta deixou para a eternidade. Uma pedra eternizada, sim!
Eu então pensei o seguinte: vou criar uma expressão que lembre o que eu gosto de fazer, o que me atrai diariamente. Também para ser lembrado.
No futuro, ela deverá ter o efeito da pedra de Drumond. Ou seja: quando for citada, as pessoas lembrar-se-ão de mim, do autor.
Alguns já devem estar dizendo que é muita pretensão de minha parte, mas não vou me preocupar com isso. Somos ou não somos todos iguais? Temos ou não temos os mesmos direitos?
Bom, defini a expressão da seguinte forma: no meio do caminho (com licença de Drummond), tinha uma ponta de lápis e um pedaço de papel.
E essas duas criaturas foram responsáveis pelos meus primeiros passos em direção ao saber.
Com lápis e papel, desenhei letras, fiz redações, escrevi bilhetes.
Com eles, aprendi a assinar meu nome, também desenhei, fiz contas de matemática.
Para não ir muito longe, embora hoje não os utilize, lápis e papel vivem em minha memória quando faço poetrix ou prosa poética.
Este texto está um pouco mais longo do que eu desejaria por ser adepto de concisão e profundidade, Mas esse momento é especial por que faço reverência a lápis e papel, princípios de sabedoria.
Encerro com o que acabei de criar, seguindo passos de Drumond, com autorização da alma do poeta: no meio do caminho tinha uma ponta de lápis e um pedaço de papel.
... Para a posteridade.