Compensações
As braçadas que não consigo dar no mar, por não saber nadar, desconto-as todas no papel.
Mergulho fundo nos poetrix e indrisos.
Boio nos haicais.
Em vez de nado borboleta, capricho nas aldravias.
No lugar do nado de costas, pego anzol e isco palavras, minhas sardinhas preferidas. Virarão poemas.
E o nado sincronizado é substituído por tercetos 5 -7 -5, ainda em evolução.
Assim chego ao fim sem frustração por não saber nadar.
Prefiro continuar aprendendo a poetar.
E quem me leva a pensar assim é você que me lê.
No more words...