Grito do desespero

Sob a escuridão da noite eu me escondo

E a luz do sol eu renego

Quero ser um pássaro livre

Num lugar de escarnecedores.

Abutres a procura sedenta

De carne fraca

O meu eu.

Pelo tempo infinito eu me perco

Queria ser um projeto perfeito

De alguém que um dia eu fui.

Sou eu o tudo e o nada

Na multidão não sou nem notada

Que ser desprezível sou eu.

Sinto o frio da morte chegando

Refugio-me então em um canto

Pois ajuda eu nunca terei (terei?)

Á beira do desfiladeiro

Gritos de desespero

E a morte entrego-me então.

Sinto uma luz em meus olhos

São as lâmpadas de um dormitório

Me acharam?

Se importaram?

Mas ainda estou na solidão.

Gleis Kellen
Enviado por Gleis Kellen em 25/07/2020
Código do texto: T7016710
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