Ar que respiro.

Sempre foi tão simples, tudo tão limpo

e inteiro, à beira-mar:

olhar o sol de frente, segui-lo com brilho nos olhos

fugir dele de repente,

admirar as cores do mar,

o voo das gaivotas de lá pra cá,

à espera do dia nascer à luz do cantinho de lá.

Pisar areias quentes , deixar marcas

a passos firmes... Ó benção!

O azul das águas... A crista das ondas?! Dádiva de Deus:

branco-espuma que vem e vai, requinte

entre outras tantas maravilhas a voltar dia seguinte.

E, assim posso andar, correr,

caminhar por tais areias quentes,

continuar e continuar ...

Porém, porém,

sempre passam as estações

e vai que arrefeça, mudem marés,

gaivotas migrem, demore o nascer do dia

e chegue mais ligeira a noite, sem mesmo se perceber?

Vai que...( não digo!)

Deus nos guardará tempos seguintes,

enviará anjos iluminados

e ouvirá nossas orações.

Lana

Teresa S Carneiro
Enviado por Teresa S Carneiro em 24/07/2020
Reeditado em 24/07/2020
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