Ar que respiro.
Sempre foi tão simples, tudo tão limpo
e inteiro, à beira-mar:
olhar o sol de frente, segui-lo com brilho nos olhos
fugir dele de repente,
admirar as cores do mar,
o voo das gaivotas de lá pra cá,
à espera do dia nascer à luz do cantinho de lá.
Pisar areias quentes , deixar marcas
a passos firmes... Ó benção!
O azul das águas... A crista das ondas?! Dádiva de Deus:
branco-espuma que vem e vai, requinte
entre outras tantas maravilhas a voltar dia seguinte.
E, assim posso andar, correr,
caminhar por tais areias quentes,
continuar e continuar ...
Porém, porém,
sempre passam as estações
e vai que arrefeça, mudem marés,
gaivotas migrem, demore o nascer do dia
e chegue mais ligeira a noite, sem mesmo se perceber?
Vai que...( não digo!)
Deus nos guardará tempos seguintes,
enviará anjos iluminados
e ouvirá nossas orações.
Lana