Vates, Poema e Poesia.
Poeta: é o autor que usa símbolos, significantes e significados em textos redigidos; possuidor do dom de imbricar, coalescer, inconhar - poesia em poema -; em cuja quididade, conteúdo e contexto, objeto e sujeito, se harmonizam.
Poema: é obra textual estruturada em verso que pode ser, rimado e metrificado, em que há poesia; mais é algo físico, significantes, motor, coisa, objeto.
Poesia: é a arte de crear imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem (pintura, música, fotografias, textos) em que se combinam sons, cores, ritmos e significados; algo sutil, nous, perspectivo, sensório, subjetivo, sujeito.
Os significantes moram no poema, e os significados pairam na poesia.
Textos poéticos evoluem em confluência com os estágios de desenvolvimento cognitivo antrópico. Hoje os poemas estão - predominantemente - sob a égide ou paradigma das representações (cognitivismo, conectivismo, logocentrismo, contrutivismo, materialismo) com o sujeito albergado no objeto, e/ou solto, desconexo.
Todo sistema de ensino é para expandir o saber, horizontalmente! Onde o sujeito/poeta apreende e representa o objeto como "intocável " , pronto, definitivo, não autopoiético. E quando o sujeito/poeta lida com o sujeito, o idealiza voluvel com o universo, desvincula-o das ações sobre as coisas atuadas.
O enativismo é retroalimentador: onde a ação muda a perspectiva que muda a ação; onde o sujeito muda o objeto que muda o sujeito; e onde o poema muda a poesia e a poesia muda o poema. Isto deve ser o portal que expandirá o saber verticalmente, abrolhando e diferenciando novo hólon, novo Eros.
Essa ideia da não dualidade (objeto e sujeito) é inerente, do pensar oriental, da física quântica, do complexo de Édipo (união do corpo com mente) e no ocidente está se formalizando pelo princípio da outridade.
Vates - evolvamos -, pois conforme Ilya Pregogine "vida é lança lançada - cujo futuro - é sempre alvo que flui".
E poesia é arte na vida!