Como seria o encontro do carnaval com a religião
Como seria se a fantasia criativa do carnaval tomasse conta da mentalidade religiosa e reinasse em todos os lugares a harmonia?
Certamente Deus seria chamado por todos pelo pseudônimo: alegria.
Múltiplas cores, ação comunitária, solidariedade, seriam os elementos essenciais do dia-a-dia.
O povo, que maravilha! Viveria em festa, cada indivíduo consciente de sua máscara e fantasia.
Palhaços, baianas, passistas, dispostos em alas nos ensinando a viver na farra.
Gente cantando e dançando num ritmo eletrizante, e dessa energia toda brotaria poesia.
Teatro e palco seria uma coisa só, todos irmanados, uma enorme festa realizada para nossa alegria.
Ah! Como seria bom se o espírito do carnaval invadisse todas as religiões, mesmo que por um dia.
Assim, padres, pastores, xamãs, líderes de todas as religiões seriam sambistas da alegria, e, Deus uma linda canção comporia.
Será que estou alucinando ou meu desejo poderá virar realidade algum dia?
Mesmo sonhando sem dormir, meu pensamento, de fato, não passa de uma alegórica utopia.
Na realidade o carnaval e a religiosidade se transformaram em peças para os que só pensam em ganhar dinheiro! Uma rubrica: Indústria de Serviços.
Se não der lucro, não tem sentido, alguém vai dizer logo, privatiza!
Por isso, aposentei minha força criativa, deixei no canto o sonho... que nostalgia.
Resolvi clamar aos céus e as divindades. Quem sabe meu pedido será ouvido.
Por favor, que os instrumentos toquem com fervor para que os humanos reunidos, seja aonde for, recuperem o sentido criativo da fantasia.
Como seria o encontro simbólico entre o carnaval e a religião? Cada um com sua máscara e fantasia.