Eu também queria morar nessa colina, mas não, não moro.
Não sei ser desses amores de meia hora, dessa descartabilidade emocional, desse consumismo afetivo. Não sei gostar do prazer passageiro, apressado, e da total falta de sensibilidade dessa gente que usa como bandeira para sua inconsistência os resíduos de outras relações.
Quero sair de casa ‘desarmada’ sem parecer amadora.
O mundo desaba cada vez mais por falta de afeto.
E mesmo que eu corra riscos, mesmo que me torne vulnerável, e que caminhe de vez em quando por vales e abismos emocionais, mesmo assim ainda torço por um amor que queira durar.
É que hoje cedo olhei pra mim mesma, pra essa solidãozinha moderna, pra essa ‘liberdade’ de araque, e fiquei muito, muito cansada.
solange maia
solange maia