arte Rodolfo Morales
É MARIA, MAS PODERIA SER TERESA, JULIANA OU QUALQUER OUTRO NOME, MAS É MARIA.......e
É MARIA, MAS PODERIA SER TERESA, JULIANA OU QUALQUER OUTRO NOME, MAS É MARIA.......e
...Maria não vai com as outras. Vai sozinha. Mulher sem queixumes, sem lamentações, ou lenga-lenga. Ela não perde o prumo pelo latido dos cachorros do vizinho em frente. Não publica desafeto nem palavras vãs. Não ignora Paulo Freire e raramente aparece na rede social.
Maria desce sozinha a ladeira das considerações e desenterra os sonhos no garimpo das causas sem esperança. Acende o candeeiro e ilumina pequeninos pódios. Traça rotas e pega a corda que enlaça arco-íris com a força nova das promessas que divinamente gotejam. Borda estrelinhas sonolentas na parede e abre as portas que desativam o silêncio, o marasmo, a mesmice, o cheiro das coisas com bolor.
Quando aperta ela também chora. Acorda sempre cedo para atestar o grau que transforma as práticas salobras em requisitos nobres. Ignora a marcha dos contrários. O “mi-mi-mi” dos incrédulos e a arte dos que se auto enganam cotidianamente. Engajou-se na afoiteza do simples e arranjou tempo para brincar de roda, dançar com anjos e soltar pandorgas no riso mais alto. Somou princípios e ensina as crianças e adultos a recitarem a oração da permanência
Compra tijolos, levanta paredes. Reparte o pão, o azeite, o bálsamo, o confeito, a cesta com flores de papel - que ela mesma faz. – Imita a Dorcas e transforma xales em lenços que enfrentam medos. Anda fazendo tanta poesia que não dar conta de mensurar, de imprimir, de publicar.
Poesia viva que estala os dedos e coça o nariz, leva topada, pega resfriado e espirra com os borrifos da poeira da estradinha amarela. Fez a soma de tudo que necessita para compor a tenda das celebrações e decidiu desentulhar o poço. Cavouca daqui, espreme de lá, percebeu que ainda falta muito. Faltam arandelas para enfeitar o sol, placas divisórias para cuidar das brechas. Falta tinta para botar cor na brancura dos cânticos e o piso para proteger a área externa. Faltam livros e Bíblias, mas ela sabe que o amor é um rio cheio e cristalino e jamais esse rio vai negar água a quem sempre afogou as adversidades de seus pares com gotas de alegria, bondade natural e porções de esperança do verbo esperançar.
Maria desce sozinha a ladeira das considerações e desenterra os sonhos no garimpo das causas sem esperança. Acende o candeeiro e ilumina pequeninos pódios. Traça rotas e pega a corda que enlaça arco-íris com a força nova das promessas que divinamente gotejam. Borda estrelinhas sonolentas na parede e abre as portas que desativam o silêncio, o marasmo, a mesmice, o cheiro das coisas com bolor.
Quando aperta ela também chora. Acorda sempre cedo para atestar o grau que transforma as práticas salobras em requisitos nobres. Ignora a marcha dos contrários. O “mi-mi-mi” dos incrédulos e a arte dos que se auto enganam cotidianamente. Engajou-se na afoiteza do simples e arranjou tempo para brincar de roda, dançar com anjos e soltar pandorgas no riso mais alto. Somou princípios e ensina as crianças e adultos a recitarem a oração da permanência
Compra tijolos, levanta paredes. Reparte o pão, o azeite, o bálsamo, o confeito, a cesta com flores de papel - que ela mesma faz. – Imita a Dorcas e transforma xales em lenços que enfrentam medos. Anda fazendo tanta poesia que não dar conta de mensurar, de imprimir, de publicar.
Poesia viva que estala os dedos e coça o nariz, leva topada, pega resfriado e espirra com os borrifos da poeira da estradinha amarela. Fez a soma de tudo que necessita para compor a tenda das celebrações e decidiu desentulhar o poço. Cavouca daqui, espreme de lá, percebeu que ainda falta muito. Faltam arandelas para enfeitar o sol, placas divisórias para cuidar das brechas. Falta tinta para botar cor na brancura dos cânticos e o piso para proteger a área externa. Faltam livros e Bíblias, mas ela sabe que o amor é um rio cheio e cristalino e jamais esse rio vai negar água a quem sempre afogou as adversidades de seus pares com gotas de alegria, bondade natural e porções de esperança do verbo esperançar.
*Maria existe. Tem olhos clarinhos e uma alma boa que transborda.
E chama-se Maria. Simplesmente Maria
ysabella
E chama-se Maria. Simplesmente Maria
ysabella