Ciúmes
da
tarde e da noite
Num dia encoberto, e de frio
Em que o sol, ‘nda se faz discreto
A esperar pelas chuvas,
Se é que vai vir!
Um dia, de início sombrio
Geladas águas, de todos os rios
O sol, este ainda à espera...
E a prometida chuva, não vem!
Uma manhã cinzenta e calada
Parece ciumenta e revoltada
Parece ter ciúmes, da tarde com a noite
Que se fundem pós pôr do sol, todos os dias!
Acho até estar brigada, também com as chuvas
São momentos corriqueiros de rusgas
Coisas da natureza...
Coisas, que por certo irão se resolver!
Já...já, vai se dar sua hora/ em nova aurora, espere
Vá descansar manhã e deixe assumir, a tarde agora
Ainda encoberta, ainda cinzenta, ainda ciumenta?
Parece..., sim, começa a chover nesse momento!
Viu? Porquê te apressasses, ficando "ciosa" demais
Não tivesses paciência, a esperar seu novo amanhecer?
Poderá ser aberto, radiante e maravilhoso assim feito você é...
Poderás despontar bem cedinho com a bola de fogo!
Ah, lembrei agorinha, só pra te dizer!
Esquecestes que a madrugada, também é escura?
E que é ela te precede, ainda enquanto dormes, todos os dias?
Viu? Pra que tanto ciúmes, a madrugada é tua irmãzinha, sua boba!
Além do mais, veja que fostes tão privilegiada
Que tua irmã, a escura madrugada,
Permitiu que a lua permanecesse contigo, ainda a brilhar
E em companhia de estrelas guias pra te iluminar
Até o soberano Astro-Rei reinar, no firmamento azul!
Sorria com vontade agora,
Pois tu se faz nova aurora de luz!